sexta-feira, 13 de junho de 2014

O Futuro do Cigarro

Olá, pessoal!
Hoje temos a ótima contribuição do Paulo Augusto Sebin, em uma matéria que aborda desde o apelo das propagandas de cigarro até o início dos anos 2000, até dicas sobre como parar com esse vício maledeto.

Confere aí:


Houve um tempo que fumar era mais do que o ato de inalar fumaça. Na verdade, era até charmoso. Os homens se sentiam mais homens, diferentes. Pura ilusão. Pobres pessoas que foram convencidas pelas propagandas e marketing de décadas passadas que fumar era o que estava na moda.

Eu ainda lembro-me das propagandas televisivas lá na década de 1990, onde eram exibidos homens elegantes ou estilo cowboy, sempre com bons carros e acompanhados por lindas mulheres vivendo aventuras. Qual criança ou adolescente não imaginou, ao menos uma vez, fumando um cigarro para ser aceito na sociedade?


Desde 2000, pela lei Antifumo, essas propagandas são mais restritas no Brasil. Rádio e TV são proibidas de vincular propagandas sobre o cigarro. Só é permitido com cartazes em ambientes fechados, como bares, por exemplo. De acordo com a Agência Brasil, desde a regulamentação dessa lei, um a cada três brasileiros já conseguiram parar de fumar. E há ainda quem diga que o marketing não influencia nas decisões das pessoas.


Com essas informações significa que o cigarro está com seus dias contados? Absolutamente, não. Depois de tantas restrições de propaganda, as fabricantes conseguiram lançar produtos mais atrativos justamente para os jovens. Hoje é possível encontrar cigarros com sabor, colocando um composto químico que libera um sabor característico, como morango, maçã, uva, hortelã, entre outros. Já presenciei muitos amigos entrando no mundo do cigarro por conta disso.


Um caminho sem volta?

Não importa quantos dias, meses ou anos uma pessoa tenha o costume de fumar. A partir do momento que o organismo se torna dependente da nicotina, sendo essa apenas uma das centenas de substâncias perigosas, parar de fumar se torna um sofrimento.


Baseado em um artigo sobre como parar de fumar, muitas pessoas se perguntam ainda por que é tão difícil largar o cigarro. A razão é simples.


Em cada inalada de fumaça, as moléculas da nicotina entram pelas vias aéreas, chegam até os alvéolos, que são pequenas bolsas não visíveis ao olho nu, responsáveis por enviar as substâncias para a corrente sanguínea. Sua missão é enviar, claro, gás oxigênio e remover os gases de carbono.


A partir do momento que a nicotina entra na corrente sanguínea, em poucos segundos chega ao cérebro. Lá, a substância se aloja nas células (neurônios) centrais, que são justamente responsáveis pelo prazer no ser humano.


A nicotina permanece no organismo por aproximadamente duas horas. Por isso, em muitos casos, não demora muito para que haja uma vontade e necessidade de fumar novamente, pois é o cérebro que está muito dependente.


Mas se pretende parar de fumar, como prosseguir?
De acordo com o médico Drauzio Varella, famoso pelos seus quadros no programa Fantástico, da Rede Globo, há algumas metodologias importantes que podem auxiliar nesse processo.


- Força de vontade: o primeiro e mais importante passo. O dependente da nicotina precisa ter a ampla consciência de que chegou a hora de parar. Infelizmente esse desejo de parar de fumar acontece somente após algum problema de saúde.
- Alimentação: quando uma pessoa tenta parar de fumar um dos sintomas é a ansiedade. Com isso, a pessoa fica mais nervosa e inquieta, além de querer comer a todo instante. Consumir regularmente cenoura e maçã, por exemplo, são alimentos que auxiliam na ansiedade. Coma em pequenas porções, várias vezes ao dia.
- Atividade física: queimar calorias, soar e estimular a produção de adrenalina são eficazes na desintoxicação do organismo. Por isso, se pretende parar de fumar, é hora de sair do sedentarismo.
- Café e Erva Mate: essas bebidas são ricas em cafeína, outra substância viciante e que estimula a vontade de fumar. Evite o consumo. Não precisa necessariamente abandonar pelo resto da vida, mas enquanto estiver na luta de parar de fumar realmente é importante evitar.
- Medicamentos: há remédios e fitas que se aplica na pele. Esses medicamentos não fazem milagres. Claro que ajudam, mas muitas outras ações como as descritas acima são mais eficazes. Sempre consulte um médico antes de usar qualquer tipo de remédio que atuam no vício a nicotina.


E o futuro?
Claro que muitas pessoas desejam que o cigarro um dia se torne uma “peça de museu”. Mas ainda está longe disso. Apesar de muitas campanhas para evitar o consumo do cigarro, ainda há jovens que estão consumindo e se entregando a esse vício.
Paulo Augusto Sebin

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Dois anos e bolinhas

Esse blog me deixa muito feliz! Sempre que um novo comentário aparece, um email chega eu me encho de felicidade. Seja por receber os parabéns por me manter firme no propósito de nunca mais colocar um cigarro na boca, seja por ver novas pessoas se entregando a esse objetivo e dividindo isso comigo. Poder ajudar, nem que seja online, dando força para continuar já é gratificante. E a razão, claro, de continuar vindo aqui, mesmo que esporadicamente, contar como as coisas andam e evoluem.

Nesse meio tempo nosso bloguinho foi notícia no Paraná (clica aqui pra ler). Sempre me orgulho de falar desse espaço. Sem isso eu tenho certeza que não teria conseguido. Aqui sempre pude falar exatamente o que tava sentindo, sem medo, mesmo com todo o julgamento que as pessoas têm. E sempre tive um apoio lindo de volta, de amigos, conhecidos e pessoas queridas que chegaram aqui aleatoriamente.

Agora que completei o segundo ano, tudo parece fácil. É tipo parto: é sofrido, dolorido, horroroso, parece que não vai dar, dor e mais dor, mas depois de um tempo a gente nem tem mais a dimensão exata, ainda mais quando vê o filho (ok, roubei a metáfora alheia porque ainda não tenho filhos, mas parece bem assim). Hoje encho tanto meus pulmões de ar que nem lembro o quanto isso já foi custoso. Não sei mais o que é pigarrear. Tosse de manhã? Parece que foi há uma eternidade. E eram coisas que nem me incomodavam. Não era nem bem tosse, era tosse com pigarro, uma coisa nojenta lembrando agora. Saio com os meus amigos, tomo minha cervejinha periódica e não lembro mais de como era com a outra mão. Até as ressacas são melhores. Não acordo mais com aquela voz de alcione-pós-atropelamento, nem preciso tossir e cuspir, nem fico com aquela sensação ruim no peito depois de fumar mais de 20 cigarros numa sentada.

O que não quer dizer que o monstro não apareça pra assombrar. Esses dias sonhei que eu pedia um cigarro. Mas que era um só, que não fazia mal. Acordei dando risada. Não sinto vontade de fumar, mas ainda assim o troço criou um laço tão forte comigo que me caça nos sonhos. Eu ri. A plenos pulmões! Como quem diz: blé, teu tempo morreu!