quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Dois anos e bolinhas

Esse blog me deixa muito feliz! Sempre que um novo comentário aparece, um email chega eu me encho de felicidade. Seja por receber os parabéns por me manter firme no propósito de nunca mais colocar um cigarro na boca, seja por ver novas pessoas se entregando a esse objetivo e dividindo isso comigo. Poder ajudar, nem que seja online, dando força para continuar já é gratificante. E a razão, claro, de continuar vindo aqui, mesmo que esporadicamente, contar como as coisas andam e evoluem.

Nesse meio tempo nosso bloguinho foi notícia no Paraná (clica aqui pra ler). Sempre me orgulho de falar desse espaço. Sem isso eu tenho certeza que não teria conseguido. Aqui sempre pude falar exatamente o que tava sentindo, sem medo, mesmo com todo o julgamento que as pessoas têm. E sempre tive um apoio lindo de volta, de amigos, conhecidos e pessoas queridas que chegaram aqui aleatoriamente.

Agora que completei o segundo ano, tudo parece fácil. É tipo parto: é sofrido, dolorido, horroroso, parece que não vai dar, dor e mais dor, mas depois de um tempo a gente nem tem mais a dimensão exata, ainda mais quando vê o filho (ok, roubei a metáfora alheia porque ainda não tenho filhos, mas parece bem assim). Hoje encho tanto meus pulmões de ar que nem lembro o quanto isso já foi custoso. Não sei mais o que é pigarrear. Tosse de manhã? Parece que foi há uma eternidade. E eram coisas que nem me incomodavam. Não era nem bem tosse, era tosse com pigarro, uma coisa nojenta lembrando agora. Saio com os meus amigos, tomo minha cervejinha periódica e não lembro mais de como era com a outra mão. Até as ressacas são melhores. Não acordo mais com aquela voz de alcione-pós-atropelamento, nem preciso tossir e cuspir, nem fico com aquela sensação ruim no peito depois de fumar mais de 20 cigarros numa sentada.

O que não quer dizer que o monstro não apareça pra assombrar. Esses dias sonhei que eu pedia um cigarro. Mas que era um só, que não fazia mal. Acordei dando risada. Não sinto vontade de fumar, mas ainda assim o troço criou um laço tão forte comigo que me caça nos sonhos. Eu ri. A plenos pulmões! Como quem diz: blé, teu tempo morreu!