quinta-feira, 12 de abril de 2012

Eu paro, tu paras, nós paramos juntos

O maior retorno que esse blog tem me dado é algo que eu não tinha nem imaginado ser possível quando comecei a despejar aqui um monte me medos, sentimentos e ansiedades. O maior retorno, o mais legal, o mais fantástico são as pessoas que me procuram dizendo que tão parando de fumar inspiradas em mim e nessas mal traçadas linhas. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. E vocês não imaginam o tamanho da minha felicidade por isso!

E aí que ontem uma amiga queridíssima e danada de bacana (e magra) tomou a decisão de parar também. Agora assumi uma nova posição nesse processo: não sou eu quem sofre mais, agora sou eu quem apoia. Hoje, primeiro dia dela - o primeiro dia é sempre o pior dos piores - tou junto vivenciando o choro, a mudança de hábitos, a ansiedade, aquela sensação de "não sei se vou aguentar", a tontura, a dor no peito. E essa sensação é terrível. A gente realmente acha que não vai aguentar. E é mais fácil ceder. Sempre. Por isso é tão difícil. Eu lembro de mim mesma. Quase cedi muitas vezes, exatamente do mesmo jeito que cedi quando diminuir antes.

O que, neste caso, fez toda a diferença? Saber que não estou sozinha foi a principal. A segunda foi entender que, sim, sou forte pra dedéu! É isso que minha amiga está começando a entender. Cara, ela acha que não, mas eu sei que a guria tem uma força estupenda que ela esqueceu que tem. Mas tem. Tá ali. E ela tá vendo isso. E vai redescobrir isso. Do mesmo jeito que muita gente que lê esse blog, mas ainda não conseguiu começar esse mesmo desafio.



Hoje dei uma caixa de Nicorette para a minha amiga. Lembra quando falei deles aqui? Engraçado ver que a reação é exatamente a mesma minha: nossa, isso é boooooooooooom! Ela também tava cética, mas os danados fazem efeito. Mesmo.

O primeiro dia é sempre horrível. Mas ele termina. E na hora da vontade incontrolável a gente para, respira, toma água e respira de novo. Se continuar, masca um chicletinho. E assim seguimos. Quando minha dinda parou ela disse que não acendeu um cigarro no segundo dia de raiva por todo o sofrimento que passou no primeiro, que depois de toda a dor não ia colocar tudo fora. O que ela entendeu há 20 anos e eu há quase três meses é que a cada "não" que a gente consegue manter, a gente ganha um "sim, sou muito forte". A gente mostra pro nosso corpo quem é que manda, quem tá nesse volante. E é tri bom saber que somos nós.

Para quem parou hoje, talvez isso não faça muito sentido. Mas espera um tempinho que vai fazer.

E, Vanessa, tamo junto nessa! E, amiga, tu é foda, lembra sempre disso.

Queridos leitores, tamos todos juntos nessa!

Um comentário:

  1. Essa dor no peito a anciedade é horrível! Da uma sensação se a gente der um traginho só passa. .Vou ser forte. .!

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