quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aproveitando todo o fôlego

Apesar de adorar esportes na época da escola, detestava correr. Sempre detestei. Depois que virei fumante, então, aí esquece. Depois que assumi o cigarro e o sedentarismo, Rá! Não dava mais um passo.

Sempre disse que eu apenas pararia de fumar o dia em que eu soubesse que estava grávida ou com câncer. Dura, chata, grossa, mas era o meu jeito de cortar a patrulha antitabagista (principalmente pós-Dr. Chato Varella). Detestava ter que ficar me justificando, ainda mais pra gente não era diretamente prejudicada pelo meu vício (e, na real, pouco tinham a ver com a minha vida). Quando parei de fumar, inclusive, teve gente perguntando se eu tava grávida. Não, não tou.

Mas eu falava aquilo meio que sabendo que precisaria de uma motivação pra parar de fumar. Não conseguia conceber como a pessoa parava do nada, out of the blue! Pra mim era muito fácil aceitar que, por um motivo maior - no caso da gravidez - tu faça o esforço de parar. Claro, a cabeça mudou, aceitei que era a hora de parar, mas queria uma motivação. Já que não dá pra ficar grávida ainda, fiquei pensando em algo que eu pudesse fazer só porque parei de fumar. Daí veio a ideia de correr.



Fico rindo sozinha quando volto das corridas, porque me parece tão absurdo e irônico EU correndo, que só rindo. Mas vamos lá, tou tentando. No início caminhava 10min e corria 1min (e terminava esses 60 segundos botando o pulmão pra fora), passei para 2min de corrida e 8min de caminhada, agora estou conseguindo correr 5min e caminhar 5min.

Não virei atleta. Não é nada de mais, se parar pra pensar. Não consigo ainda nem correr 10 min seguidos. Mas é uma vitória. É uma motivação. Poder aproveitar todo o meu fôlego. Muito bom.


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