quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eu também parei: Luciana Fumo Zero!

A primeira história do Eu também parei é a da Lu, que parou há três meses e 15 dias:

Creio que vontade de parar de fumar, todo o fumante tem. Eu pensava nisso até quando estava saboreando uma bela tragada. Muitas razões me levaram até a decisão de parar: os apelos e orações da minha mãe, os argumentos orquestrados dos meus sobrinhos Manoela e Matheus, as orientações do Dr. Drauzio Varella (sim!) e, principalmente, a minha vaidade e vontade de viver até ficar velhinha. Fiz as contas e percebi que metade da minha vida foi acompanhada ou algemada ao “Free Maço Vermelho”, portanto mais do que suficiente. Esta é terceira vez que decido parar. Na primeira – há 17 anos atrás – fiquei 11 meses longe do cigarro e na segunda vez apenas três meses. Não é fácil, aliás, é bem difícil, mas estou tratando o assunto como uma guerra, uma batalha de cada vez, por isso fiz um plano para parar em cinco dias, que escrevi a mão, como um compromisso. Chamei de Projeto Luciana Fumo Zero!


1º dia – 10 cigarros (metade do que eu fumava normalmente), sendo que o primeiro só seria aceso 2h depois do habitual, ou seja, 10h da manhã.
Fumei 8 no total.
2º dia – 8 cigarros, sendo que o primeiro ao meio-dia.
Fumei 5 no total.
3º dia – 5 cigarros, sendo que o primeiro só depois do almoço.
Fumei 3 no total.
4º dia – 3 cigarros, sendo que o primeiro só no final do expediente.
Fumei 1 no total, antes de dormir
5º dia – 1 cigarro.
Não fumei mais. Neste dia, sexta-feira de carnaval, embarquei rumo ao Rio de Janeiro.


Fiquei hospedada na casa de uma amiga e estávamos em sete pessoas. Para o meu alívio, nenhum fumante. Fizemos carnaval de bloco em Santa Tereza, aqueles que reúnem milhares de foliões nas ruas. Logo no primeiro bloco, me perdi dos amigos e avistei a cena – tipo câmera lenta – um cara acendendo um cigarro no meio da multidão. Paralisei e só pensava em me jogar naquele homem pedindo pelo amor de Deus que ele me desse um cigarro ou eu sairia atrás dele até que a bituca caísse no chão. Foi neste momento que eu comecei a escutar a vaia, primeiro discreta, mas que foi tomando corpo junto com exclamações do tipo: Não! Cigarro Não! O sujeito, super envergonhado, jogou o cigarro no chão, deu um sorriso para a multidão e pisou no maldito. Aquilo me deu o alerta que eu precisava. Eu tinha tomado a atitude certa.


Ela olhou para o cigarro e disse: ASSIM VOCÊ ME MATA - tá, a piada foi horrível, parei. 




Hoje, com alguns quilos a mais, tentando me adaptar ao ritmo de treinos na academia (veja só!), a minha maior alegria foi saber que a minha grande amiga Flávia Dentice também parou inspirada em mim. Por isso decidi colocar aqui o meu “plano”. Vá que alguém se anime também...

Luciana Fagundes – jornalista e ex-fumante!

Um comentário:

  1. Isso ai Lu!!! Mais uma vez, parabéns!!! E pra Fla tb!!! Bora pra esteira!!!

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