quarta-feira, 30 de maio de 2012

Meu primeiro Dia Mundial Sem Tabaco

Parar de fumar é uma tarefa complicada. E ingrata. Não tem moleza, não facilidade. Dá um trabalho do cão. E juro que me dá uma tristeza profunda cada vez que alguém que conseguiu passar por esse inferno, ultrapassar a barreira da ansiedade extrema, aparece fumando de novo. Acho triste mesmo. Porque essa pessoa vai, provavelmente, ter que fazer tudo de novo. E, sério, passar por aqueles primeiros dias de novo ninguém merece. Mesmo.

Tava pensando nisso vendo um filme. O nome nem vale ser citado, mas a protagonista foi presa e começava o filme pedindo cigarro (e essa era uma penitenciária em que não podia fumar). Ela passou um tempão, meses, lutando para provar inocência e qual é a primeira coisa que ela faz quando é solta? Vai para casa e acende um cigarro. Ai, achei tão triste, que parei até de pensar no enredo do filme. Aquilo se tornou uma história paralela (e para mim mais importante).



Para quem já chegou tão longe, eu sei que passa pela cabeça acender só um cigarrinho. Sei bem. Mas é tão importante não acender. Não deixar o vício falar mais alto. Não ser tomado por aquela autocomiseração destrutiva, que pensa "azar", "sou um fraco", "todo mundo sabia que ia dar errado". Esse é o principal: lembrar nos momentos de fraqueza que nós temos o controle sobre nós mesmos, que se tivemos até ali, teremos!

Completei meu 4º mês sem cigarro. E estou muito feliz por isso. Esse é o meu primeiro Dia Mundial Sem Tabaco em que eu fico sem tabaco. Confesso que não senti nenhuma emoção extraordinária, só dei aquele aquele sorriso que agora é mais branco e respirei bem fundo sem pigarro e lembrei de como isso é bom.

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